Angolanos Unidos para o êxito do CAN depois do terror em Cabinda

     A mão do terrorismo premiu o gatilho da arma assassina contra uma caravana de desportistas e jornalistas que seguiam de Ponta-Negra, no vizinho Congo, para a cidade de Cabinda, onde se vão realizar os jogos de um dos grupos do Campeonato Africano de Futebol CAN-Orange 2010 que o nosso país organiza pela primeira vez. Um movimento  de propósitos obscuros assumiu a autoria do atentado, no qual ficaram feridas vários civis entre as quais jogadores da selecção do Togo. Condenamos com veemência a acção terrorista de Massabi e exortamos as autoridades que capturem os autores do ataque e os levem à barra dos tribunais. Os actos terroristas como o de Cabinda devem ser repudiados por todos. O mundo deve enfrentar este tipo de ameaça com uma resposta inequívoca: nunca ceder aos propósitos dos insurgentes assassinos. Os angolanos lamentam o acontecido e estão solidários com as vítimas inocentes dos bandidos, sobretudo os ilustres atletas togoleses. Eles deverão compreender que os terroristas buscam a concretização dos seus propósitos nefastos sem olhar a meios. E está provado que nenhum país está livre de ser alvo do terrorismo. O Togo não deve desistir da competição.

     Angola está a dar o seu melhor para que os visistantes se sintam em casa. Os angolanos são hospitaleiros e sociáveis. A realização exitosa do CAN alicerça a crenca nas suas capacidades enquanto povo. Gostariamos de acrescentar também que, para nós, o CAN não se resume unicamente à competição. Sofremos décadas de guerra fratricida. Conquistamos agora a oportunidade de concretizar o nosso sonho de construirmos um país próspero e pacífico, contribuindo para a harmonia entre os povos do mundo.

     Para os que entendem o desporto como factor marcante da democratização da sociedade, o CAN encontra plena razão para vingar mesmo com o incidente de Cabinda. Talvez por causa do que aconteceu em Cabinda precisamos permanecer mais unidos como um só Povo.