domingo, 15 de abril de 2012

O problema guineense não é uma cruzada doméstica (opinião Dr. P. Lukamba)

Bom dia caro Dr. Jaime,

         Acabei de ler tua mensagem,cheia de lucidez e experiencia e ciência. Estou a crer que juntos sentimos a gravidade do assunto. Para mim parece-me que o quadro é mais sombrio, como estivesse a pender sobre o horizonte regional uma ameaça acefala, com grande capacidade de mimetizar-se nos factos comuns. As razões de uma guerra nunca são sabidas exactamente poque numa guerra o primeiro a morrer é a verdade.      
        Sendo assim, o que podemos fazer é avaliar posicionamentos estratégicos e ver assimetrias e elementos constantes do problema. É um facto que as versões africanas de al-qaeda estão em franco crescimento e cada vez mais direcionados à zona que oferecerá brevemente ao mundo segurança energética. Hoje não temos só os salafitas da Mauritania que ameaçam inclusivê o mediterraneo. Temos outra versão na Nigéria (controlada ao longe pela dinastia Mussa , islamica,ligada ao médio oriente, a mesma que controla o petróleo da nigéria) que prega um islamismo militante; os tuaregues agora criaram uma república islâmica no Mali. 
     O sr Kumba Yalá e os generais golpistas fazem um pacto de sangue(da mesma tribo e religião islamica)para a tomada de poder.Não sabemos que governo será. Mas governo democratico não será, porque um império criado pela força só pode ser mantido com a força.
    O outro elemento constante é que esta cruzada não é uma cruzada doméstica. Ela é  destinada a exportação.Uma experiência de sucesso ,criará um efeito borboleta. Nós escolhemos, se os travamos agora ou esperamos quando eles forem mais fortes,mais reforçados logisticamente e melhorarem e capacitarem o seu poder de fogo.
    O melhor é na verdade agir no quadro global do conselho de segurança ao abrigo do cap.VII da carta(com uma resolução) ou ao abrigo do cap.VIII no quadro regional, a mando do Conselho de Segurança. porque subsiste uma ameaça do direito cogente em vir.`

P. Lukamba (Phd)

1 comentários:

Anónimo disse...

DAR A VOLTA À TRAGÉDIA!

Dando sequência:

Acho que é necessário evitar a manipulação do império que parece que começa a não ter alternativas em África.

Como aceitar combater a Al Qaeda quando são os próprios Estados Unidos a escolher os "bons" e os "maus" da Al Qaeda: é só estudar a história contemporânea da Líbia e da Síria!

Julgo que é a oportunidade para as alternativas e foi nesse sentido que produzi também "DAR A VOLTA À TRAGÉDIA", àcerca ainda da Guiné Bissau.

Constate-se em http://paginaglobal.blogspot.com/2012/05/guine-bissau-dar-volta-tragedia.html

Martinho Júnior.

Luanda.