quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Obras dos estádios estão na recta final


A sensivelmente dois meses do prazo estabelecido para a conclusão do estádio de futebol que na cidade do Lubango, província da Huíla, vai acolher uma das quatro fases de grupo do CAN-2010, a Sinohydro Corporation Limited, construtora responsável pelas obras, tem quase tudo pronto para proceder à entrega formal do empreendimento ao dono da obra, o Ministério das Obras Públicas.


No bairro Chioco, homens e máquinas não medem esforços para dar os últimos acabamentos ao novo estádio, que sob o olhar atento do Cristo Rei surge imponente como um dos principais postais da cidade do Lubango.

Segundo Egídio Armando, fiscal da obra, está executada 95 por cento da empreitada. As bancadas estão todas concluídas e já foi montada parte dos assentos de plástico. O empreiteiro garante concluir a montagem de outra parte dos assentos até meados do próximo mês de Setembro.

Os dois placards electrónicos também já foram instalados, assim como já estão concluídas a área VIP, as cabines de imprensa e os balneários. O rectângulo de jogo está compactado e em toda a sua extensão foi espalhada gravilha, um material que intervém no processo que conduz ao arrelvamento.

De acordo com George Ansh, técnico da Support in Support (SIS), empresa inglesa que tem a responsabilidade de arrelvar os estádios do CAN, estão criadas as condições para que o rectângulo de jogo possa receber a primeira das duas camadas de areia que antecedem a fase da sementeira da relva. Assegurou que, se não se verificarem contratempos, no dia 28 de Agosto a semente começa a ser lançada ao solo.

A água, que está a ser bombeada para o estádio através de um complexo processo de engenharia, não tem constituído problema. Mas, para se acautelarem de eventuais falhas no futuro, foram construídos quatro reservatórios, dois dos quais com 520 mil litros de capacidade.

Egídio Armando acrescenta que a estrutura que suporta a cobertura do estádio recebe nos próximos dias as chapas térmicas perfiladas, que vão dar ao conjunto da obra o aspecto previamente definido.

O espaço envolvente também ganhou a configuração projectada para o estádio, com a conclusão do parque de estacionamento e de outros adereços. Egídio Armando adianta que o trabalho se limita à colocação do asfalto e sinalização vertical e horizontal do pavimento. Quando estiver todo o trabalho concluído, a área envolvente vai dispor de 2.069 lugares de estacionamento para viaturas ligeiras e pesadas e ainda uma ampla zona verde.

O projecto de construção prevê também três vias rodoviárias de acesso ao estádio. Com três quilómetros, a via principal terá oito metros de largura em cada sentido, dividida por um separador central de metro e meio, passeios, lancis e iluminação. A terraplanagem está praticamente no fim e a empreitada virada sobretudo para o acabamento do colector central das águas pluviais. Para Setembro, o empreiteiro programou a colocação de asfalto ao longo do troço.



Estádios de apoio



O conjunto de obras com vista à realização do CAN contempla também a reabilitação e modernização dos estádios da Nossa Senhora do Monte, Benfica do Lubango e do Ferroviário, três dos campos de futebol onde as equipas que jogam na província da Huíla vão realizar os treinos.

Qualquer um deles está a ser ampliado e remodelado. O engenheiro Rolando Sanchez, que fiscaliza essas obras, confirma que as melhorias se estenderam no aumento da capacidade de espectadores, modernização dos balneários, cobertura, cabines de imprensa, pintura das fachadas, assim como a instalação de um moderno sistema de drenagem.

No estádio do Ferroviário, as torres de iluminação foram recuperadas. Em traços gerais, admite que não existem grandes sobressaltos. Apenas o estádio do Benfica tem as obras ligeiramente atrasadas.



Entrega dentro do prazo



As obras do estádio em construção na comuna do Camama, em Luanda, despertam a curiosidade pela impressionante dimensão e pela sua componente arquitectónica.

Só para se ter uma ideia, o estádio foi concebido para receber, confortavelmente, 50 mil espectadores sentados, sendo a maior estrutura das quatro que acolhem os jogos do CAN. No terreno, os operários, afectos à construtora Shanghai Urban Construction Group Corporation, obedecem a uma escala ininterrupta de trabalho, para que a obra seja entregue na data acordada, como assegurou o engenheiro Rui Campos, fiscal da obra.

Rui Campos garante que o grau de execução ronda mais de 80 por cento, o que está dentro dos prazos acordados com o dono da obra.

Os avanços são visíveis. As bancadas e os balneários estão prontos, e as atenções estão agora viradas para o revestimento das casas de banho. “As partes mais importantes que faltam são os últimos acabamentos. Praticamente todas as instalações técnicas encontram-se a 95 por cento, faltam apenas as últimas ligações de ensaio”, disse.

A energia eléctrica e o abastecimento de água estão garantidos. Iniciou-se recentemente o processo de arrelvamento, que incide na compactação dos solos e abertura de valas para implantação da tubagem que vai sustentar o sistema de rega automático no terreno de jogo.

Ao contrário daquilo que está a ser feito nos restantes estádios, o plano traçado no estádio de Luanda compreende a implantação da relva para prevenir danos devido às obras que ainda decorrem. Para o efeito, a empresa SIS preparou um viveiro ao redor do estádio. O dia 4 de Setembro é a data prevista para o início desta operação. Dentro de 14 semanas, após esta data, espera-se que o estádio esteja todo relvado. Em relação à zona envolvente, Rui Campos diz que as entradas de controlo, zona de jardinagem e estacionamento são as prioridades.





Expectativa em Benguela



A plantação das primeiras sementes para o seu arrelvamento no passado dia 19 de Agosto, é a novidade que mais anima quem acompanha com atenção as obras que decorrem no estádio que está a ser erguido no bairro da Nossa Senhora da Graça, na cidade de Benguela.

Segundo George Ansh, da Support in Support, fruto da experiência que possui, 14 semanas é o tempo que se vai aguardar pelos resultados. Mas, para que tal aconteça com naturalidade, adverte que é fundamental que não haja falta de água para a rega.

À semelhança dos demais estádios visitados pelo ministro das Obras Públicas, a estrutura do estádio em construção na cidade de Benguela não esconde as semelhanças com os estádios modernos da Europa. A disposição dos dois anéis das bancadas centrais e laterais é apenas um exemplo disso. O mesmo acontece com os acessos especiais para deficientes. Para reforçar o seu moderno aspecto arquitectónico, as chapas perfiladas da estrutura de cobertura começaram a ser montadas na passada semana.

A empreitada da envolvente do estádio, que teve início no passado dia 15 de Maio, termina com a recuperação de passeios e lancis para o acesso de peões, e um vasto parque de estacionamento com capacidade para mais de dois mil automóveis. Concluída a desmatação do terreno, a equipa de engenheiros explica que está em execução a colocação da tubagem em betão armado que vai suportar a galeria de drenagem de águas pluviais, devido a configuração demasiado baixa da zona em que se encontra localizado o estádio.

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