sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O factor americano, o fundamentalismo religioso e a geopolitica angolana

     Estimado amigo Sr. Dr. Lukamba
     Os meus agradecimentos pela prestimosa atencao e colaboracao.
      De facto, continuo a assinalar a feliz coincidencia de pontos de vista nesta questao fundamental para a abordagem que pretendo. O surgimento dos EUA como protagonista nas questoes de seguranca na regiao do golfo da Guine praticamente nao se questiona. Contudo, sao conhecidas as dificuldades que os EUA experimentam em lidar contra essas ramificacoes da Al-Qaeda que por todo o lado surgem como cogumelos a chuva e vao minando os tradicionais conceitos da geopolitica. Ate que ponto estados africanos debeis do ponto de vista institucional, entidades quase impossiveis de governar, serao parceiros engajados num compromisso de estabilidade e de cooperacao na regiao do golfo e por arrasto no eixo ocidental do continente? A esmagadora supremacia militar americana ja nao significa garantia para um controlo efectivo da zona face a accao dos grupos terroristas, cujas accoes apesar de esporadicas possuem um efeito desastroso a nivel mediatico. Angola e Sao Tome, Gabao e Guine Equatorial podem ser a excepcao, mas concretamente em relacao a Angola existe uma dificuldade endemica nas relacoes com os EUA fora do ambito do petroleo, nao obstante se ter avancado bastante em determinado periodo. Por vezes (muitas vezes) os americanos parecem nao entender (nem pretendem obviamente) a nossa linguagem em assuntos que lhes sao sensiveis. E estes nao sao poucos. Nao me parece que tenhamos unicamente que mudar a nossa forma de dialogar com eles. Creio que temos muito trabalho de casa a fazer.

Cordiais saudacoes.
Jaime

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