Com muita dôr e profunda consternação, recebemos na noite de Quarta-feira,dia 13/04/11, a notícia da morte do reverendo-padre e jornalista Muanamosi Matumona, director da Rádio Ecclésia, ocorrido no Hospital Militar de Luanda, vítima de doença.
Conheci o padre Muanamosi Matumona nos início dos anos 80 do século XX, quando ambos éramos correspondentes do Jornal Desportivo Militar (JDM). Ele estava no Uíge, a cobrir a lendária campanha das equipas das terras do café, nomeadamente o FC do Uíge e os Construtores, onde imperavam estrelas como Vicy, Arménio e outros, enquanto eu, o Rui Vasco e o Carlos Bonacho, a partir de Benguela, reportávamos os jogos do Primeiro de Maio de Sarmento e Maluka, do Nacional de Garcia e Benchimol e da Académica do Lobito de Sansão e Chiby, bem como do incrivel Desportivo dos irmãos Nelson e Enoque, comandados pela batuta mágica de Emílio Ventura.
As crónicas do Muanamosi exalavam o incomparável aroma do melhor que o Uíge tem: o seu café de bagos vermelhos e vinculavam sempre uma mensagem de incontida alegria de um povo que, mesmo nas situações difíceis que se viviam naqueles anos, nunca deixou de amar o futebol.
Mais tarde, mantive contacto com ele, quando estava a estudar no Porto e eu era correspondente do Jornal de Notícias (JN). Muanamosi era um leitor assíduo dos meus despachos. Voltamos a encontrar-nos no "Jornal de Angola" e, nos finais do ano passado ligou-me a dizer que estava em Benguela a participar num evento da igreja. Foi a última vez que contactámos. O que eu sabia é que ele se encontrava bem e tinha assumido recentemente as funções de director da Rádio Ecclésia, que passou a acumular com o de director do Jornal "O Apostolado".
Era um jornalista e pesquisador de primeira grandeza e os seus inúmeros escritos ficam para a posteridade como semente que fará desabrochar a nova flor perfumada nos corações da nossa juventude.
Era um jornalista e pesquisador de primeira grandeza e os seus inúmeros escritos ficam para a posteridade como semente que fará desabrochar a nova flor perfumada nos corações da nossa juventude.
Com o seu súbito desaparecimento físico, Angola perdeu um Homem de qualidades invulgares, que fez da entrega plena ao sacerdócio, o caminho seguro para brindar o mundo com a mensagem de amor de Jesus e do nosso bom Deus, generoso e misericordioso.
Que a sua alma descanse em Paz!
0 comentários:
Enviar um comentário