Faleceu às 10h30 de Quinta-feira, 15 Setembro de 2011, na sequência de um acidente de aviação ocorrido nos arredores da cidade do Lubango (Huila), o piloto-aviador tenente-coronel António Nunes Firmino "Murray". A queda do SU-22 da Força Aérea Nacional verificou-se durante um vôo de rotina, segundo informou a FAN.
Apesar de 6 anos mais novo, era um velho amigo e companheiro de mais de 30 anos.
A urna contendo os seus restos mortais será sepultada no Sábado, 17 de Setembro, no cemitério da Camunda, em Benguela, "Cidade das Acácias-Rubras", onde nasceu no dia 16 de Junho de 1967. Deixa o mundo dos vivos aos 44 anos de idade, após uma brilhante carreira como piloto de caça, sendo considerado pelos seus camaradas da Força Aérea Nacional como um verdadeiro "Ás", categoria restrita a qual pertencem apenas os mais intrépidos pilotos.
Ingressou nas FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola) em 1986, tendo sido seleccionado para a Força Aérea (FAPA) e encaminhado para a Base Aérea do Negage, no Uíge. Seguiu posteriormente para a ex-URSS onde se formou em pilotagem de aviões caça. Mal regressou ao país, juntamente com outros jovens , participou como piloto de combate na defesa do solo pátrio, tendo sido destacado para várias missões.
Era um dos pilotos mais versáteis da FAN. Voava tanto nos caças MIG-21 (Mikoyan-Gurevich) aeronave para combate aéreo e ataque ao solo, bem como como nos SU-22 (Sukhoi) caça-bombardeiro de ataque ao solo. As suas façanhas como piloto ficam gravadas nas páginas mais brilhantes de heroísmo dos anais da Força Aérea Nacional e da antiga FAPA.
Com o advento da paz em 2002, por ordens dos seus superiores hierárquicos, passou a dar o seu contributo na formação da nova geração de pilotos angolanos e também como piloto de testes de aviões de combate, tendo sido nessa condição que sofreu o acidente que lhe ceifaria a vida.
Embora o Estado-maio da FAN esteja a realizar um inquérito para apurar as verdadeiras causas do acidente, tomamos conhecimento que o Tenente-coronel "Murray", estava a cumprir na cidade do Lubango a missão de testar dois caças da Força Aérea Nacional. Na Quarta-feira terá testado o primeiro, com sucesso. No dia seguinte, na Quinta-feira, a meio da manhã, descolaria da pista da base aérea do Lubango, com o segundo aparelho, um SU-22, para o derradeiro vôo sem regresso. Ao verificar os problemas técnicos, "Murray" manteve a serenidade habitual e, em contacto com a torre de controle, de quem terá recebido ordens para ejectar-se, procurou manter o aparelho sob seu comando, com a intenção de aterrisar, operação que não conseguiria realizar. Numa fracção de segundo a aeronave terá rodado sobre o seu eixo, colocando a cabine do piloto em posição contrária a de ejecção de emergência. Terá sido nestas condições adversas em que se verificou a ejecção do "cockpit" do "Sukhoi"e o seu contacto com o solo.
"Murray" ficou órfão de pai durante a infância. O seu progenitor, António João Firmino, de quem recebeu o nome, era proprietário de um pequeno estabelecimento comercial, na serra do Pundo, perto do Bocoio (província de Benguela). Em 1975 o senhor Firmino foi assassinado por um grupo de homens armados que operava na região debaixo da bandeira de um dos movimentos nacionalistas angolanos.
À sua extremosa mãe, tia Guilhermina Nunes Firmino (Boneca), aos seus irmãos Abílio, João, Yette, Tita apresento os meus respeitosos cumprimentos e sinceras condolências, bem como ao Estado-maior da Força Aérea Nacional (FAN).
Era um dos pilotos mais versáteis da FAN. Voava tanto nos caças MIG-21 (Mikoyan-Gurevich) aeronave para combate aéreo e ataque ao solo, bem como como nos SU-22 (Sukhoi) caça-bombardeiro de ataque ao solo. As suas façanhas como piloto ficam gravadas nas páginas mais brilhantes de heroísmo dos anais da Força Aérea Nacional e da antiga FAPA.
Com o advento da paz em 2002, por ordens dos seus superiores hierárquicos, passou a dar o seu contributo na formação da nova geração de pilotos angolanos e também como piloto de testes de aviões de combate, tendo sido nessa condição que sofreu o acidente que lhe ceifaria a vida.
Embora o Estado-maio da FAN esteja a realizar um inquérito para apurar as verdadeiras causas do acidente, tomamos conhecimento que o Tenente-coronel "Murray", estava a cumprir na cidade do Lubango a missão de testar dois caças da Força Aérea Nacional. Na Quarta-feira terá testado o primeiro, com sucesso. No dia seguinte, na Quinta-feira, a meio da manhã, descolaria da pista da base aérea do Lubango, com o segundo aparelho, um SU-22, para o derradeiro vôo sem regresso. Ao verificar os problemas técnicos, "Murray" manteve a serenidade habitual e, em contacto com a torre de controle, de quem terá recebido ordens para ejectar-se, procurou manter o aparelho sob seu comando, com a intenção de aterrisar, operação que não conseguiria realizar. Numa fracção de segundo a aeronave terá rodado sobre o seu eixo, colocando a cabine do piloto em posição contrária a de ejecção de emergência. Terá sido nestas condições adversas em que se verificou a ejecção do "cockpit" do "Sukhoi"e o seu contacto com o solo.
"Murray" ficou órfão de pai durante a infância. O seu progenitor, António João Firmino, de quem recebeu o nome, era proprietário de um pequeno estabelecimento comercial, na serra do Pundo, perto do Bocoio (província de Benguela). Em 1975 o senhor Firmino foi assassinado por um grupo de homens armados que operava na região debaixo da bandeira de um dos movimentos nacionalistas angolanos.
À sua extremosa mãe, tia Guilhermina Nunes Firmino (Boneca), aos seus irmãos Abílio, João, Yette, Tita apresento os meus respeitosos cumprimentos e sinceras condolências, bem como ao Estado-maior da Força Aérea Nacional (FAN).
António Nunes Firmino ficará na nossa memória, como amigo exemplar, profissional e patriota íntegro, piloto experiente e competente. Deu toda a sua juventude e a própria vida engajando-se no que acreditava e amava.
"MURRAY", PRESENTE!
Que a tua alma descanse em PAZ companheiro!
Que a tua alma descanse em PAZ companheiro!
5 comentários:
Um abraço de pesar para toda a familia pelo trágico desaparecimento de mais um angolano que dedicou a sua vida à defesa da pátria.Um dia terrivel este para a FANA.
Nando
A morte no nosso Murráine enlutou os Benguelenses. Realmente as causas do fatídico acidente são adversas. Desde a manutenção de revisão do aparelho à avaria do motor e também do sistema de ejecção da cadeira. A ausência das mais altas patentes do Exército, Força Aérea e do Governo foram notadas. Honra e glória à sua memória. E, paz à sua alma.
Conhecí o Murray no Lubango no RAC, muito educado e bom companheiro. Eu na altura vinha do Negage onde fiz o curso de motores e fuselagem do avião Mig-21bis, e no Lubango fiz a superação do Mig 23ml com os cubanos. Fui desmobilizado em 1992.
A ultima vez que estive com o Murray foi em Luanda, em Outubro de 2001. Neste dia ele estava a operar o SU 22 a partir de Luanda, conversamos muito...que a sua alma descanse em paz.
Três anos depois!
3 anos depois, há 6.841 kilometros de Angola.
Fui finalmente informado deste triste e inacreditavel acidente.
Murray, meu amigo meu camarada, quero encontrar alguém que me diga o que Eu gostaria de ouvir, mas infelizmente sei que ninguém poderá inverter a marcha do tempo.
Murray, como tu existem outros como: Caty, BGI, Zapas, Runy Lili e tantos outros. Mas todos juntos sabemos que tu és o "Às" és a dedicação, és a honestidade, és o amigo és a educação. Há anos que ti procuro depois da última vez que nos vimos nas terras de Acácias, fomos a tua casa, caminhamos pelas ruas e nos sentemos num lindo restaurante próximo de tua casa. Falamos da família, e planos pro futuro. Ouvi-te, ouviste-me e ouvimo-nos com o máximo respeito e amizade que existia entre mim e você. Contei te quais eram os meus planos para o futuro e tu apesar de tudo concordaste q deveria partir. Tu eras o meu irmão gémeo que Eu precisava ter, apaixonado pela profissões, pelo natureza e pela pessoas. Tudo na nossas vidas parecia ser um autêntico mar de rosas e por isso dedicamos parte de toda nossa juventude em prol da paz em Angola.
Estou a falar de Base Aérea da Catumbela 1992/1993. Foi nesta altura que conheci um número indeterminado de grandes Heróis da Aviação Angolana, Generais, Oficiais, Sargentos e Soldados. Pilotos, Tecnicos, controladores de voos logísticos etc etc.
E tu Murray, já ti destacavas pela tua simplicidad e dedicação. Recordo me das nossas idas noturnas, ao Lobito, Bambu, e Mana Mena, do meu quarto no Hotel Mumbaka cedido pela TPA de Benguela. Das nossas praias as domingos na Restinga e do nosso Ginásio Improvisado na Base Aérea etc etc. Grandes momentos apesar da situação e extrema preocupação é responsabilidade. Tínhamos praticamente a mesma idade, e está dupla era o Terror no Ar e na Terra kkkkkkkkk, Murray eras sem dúvidas um digno companheiro "As" no Ar e "As" na terra.
Quero que saibas que tive em Abril de 2014 em Lobito e as pessoas a quem tentei encontrar resposta ninguém sabia nada sobre este mostro da aviação Angolana. Tive resposta a 6.841 de Angola in Machete uk.
So para saberes que o teu nome ecoa por todas as parte do Universo. Meu irmão aquele abraço porque para mim tu jamais morrerás.
José Luís Cameraman TPA, estacionado na Base Aérea da Catumbela 1992/1993.
A todos oficiais superiores, oficiais, Sargentos e Soldados um forte abraço. "Murray forever"
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